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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Nove em cada dez moradores de favela usam Internet

O levantamento ocorreu em cinco comunidades. A adesão à Internet dessa parcela da população do Rio sinaliza que estão ocorrendo mudanças

Nove entre 10 moradores de favelas cariocas, com menos de 30 anos de idade, acessam a Internet. A maioria utiliza o computador de sua própria casa. Quando conectados, os usuários priorizam redes sociais como o Facebook. As constatações são parte de pesquisa com residentes, de 15 a 29 anos, de cinco áreas de baixa renda: Rocinha, na Zona Sul; Cidade de Deus, na Zona Oeste; Manguinhos e os complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte.O levantamento, baseado em duas mil entrevistas, foi produzido entre os dias 17 e 22 de dezembro de 2012 para o projeto Solos Culturais, parceria da Secretaria de Cultura do Estado do Rio com a ONG Observatório das Favelas. Segundo os pesquisadores, a adesão à Internet dessa parcela da população sinaliza que estão ocorrendo mudanças.“O cidadão invisível na rua aos olhos da sociedade consegue ser reconhecido em redes sociais como o Facebook. O excluído está alçando virtualmente sua visibilidade. Isso é uma revolução no imaginário da cidade”, avaliou Jorge Luiz Barbosa, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), sediada em Niterói, e diretor do Observatório das Favelas.Ele acredita que a Internet pode estabelecer laços até então pouco explorados: “O garoto da favela posta vídeo com passos de funk no YouTube que acaba sendo visto pelo menino do condomínio de luxo. Esses cruzamentos culturais permitem a esperança em sociedade mais generosa com suas diferenças”, acrescentou Barbosa. O acervo pessoal criado por cada usuário é citado também como algo inédito. A pesquisa vai resultar no livro Solos culturais, que será lançado até o fim do mês. (da Folhapress)
ENTENDA A NOTÍCIA
Além de marcar presença em redes sociais, os internautas entrevistados na pesquisa costumam baixar músicas pela WEB, além de armazenar fotos e vídeos, criando os próprios acervos.

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